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Produtores de açúcar atentos à crise no Malawi

PRODUTORES nacionais de açúcar estão interessados em aproveitar a oportunidade criada pelo governo do Malawi, nomeadamente a permissão da entrada do produto de outros países como Moçambique.

A liberalização surge numa altura em que a indústria local do açúcar viu reduzida a sua produção como resultado do aumento de impostos na cadeia de produção, um acto associado às mudanças climáticas.

Para o efeito, o Ministério da Indústria e Comércio do Malawi emitiu vinte licenças a favor de empresas locais para importarem açúcar de Moçambique, Zimbabwe, África do Sul e Brasil. É neste quadro que o director-executivo da Associação de Produtores de Açúcar de Moçambique (APAMO), Orlando da Conceição, assegurou ao “Notícias” estar-se perante uma oportunidade passível de aproveitamento pelas empresas moçambicanas.

“Somos produtores excedentários, isto é, produzimos para o mercado interno e sobra açúcar para a exportação. Penso que tudo é uma questão comercial que vai depender do preço que o Malawi oferece. Contudo, não deixa de ser uma oportunidade por se aproveitar”, avançou a fonte.

Jornal Notícias

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Moçambique aposta na produção de 500 mil toneladas de açúcar

O ministro da Agricultura e Desenvolvimento Rural, Celso Correia, desafiou os intervenientes do sub-sector do açúcar para desenhar uma matriz que permita o país produzir, até 2030, 500 mil toneladas de açúcar, duplicando deste modo a sua contribuição no sector agrário.

O país produz actualmente cerca de metade da capacidade instalada de 530 000 toneladas de açúcar. Aquele governante falava ontem (24 de Janeiro) na açucareira da Maragra, distrito da Manhiça, província de Maputo, numa cerimónia que juntou representantes das açucareiras (convencional e orgânica), as associações de produtores de açúcar e líderes sindicais com o objectivo de fazer o balanço da campanha 20⁄ 21 e traçar as perspectivas da presente safra.

“Está na hora de dar um salto no sub-sector do açúcar. Podemos lançar este plano de produção de 500 mil toneladas de açúcar em Marromeu, em Sofala. Deve ser uma meta nacional chegar ao potencial máximo instalado no país” – disse o ministro Celso Correia, acrescentando que Moçambique é hoje auto-suficiente na produção de açúcar e derivados.

Indicou que a produção de 500 mil toneladas abre portas para quem quer investir no sector agrícola da cana. ″Nós queremos que o sector privado moçambicano possa aderir a esta agenda, que vai criar mais postos de trabalho e mais oportunidades para pequenos produtores, quiçá, a melhoria dos salários dos trabalhadores” – avançou o titular do pelouro da Agricultura e Desenvolvimento Rural.

Frisou que o executivo está em diálogo com o sub-sector do açúcar desde o início deste novo ciclo de governação para conceber as soluções adequadas, tendo em conta a sua importância para a agricultura e para a economia nacional.

No ano passado, o crescimento do sector da agricultura foi de oito por cento. Os últimos dados indicam que o consumo nacional de açúcar varia entre 190 a 200 mil toneladas por ano. Até ao final da campanha de 2021 foram produzidas 270896 toneladas de açúcar, correspondentes a noventa e cinco por cento da meta planificada. Foram produzidas igualmente 99804 toneladas de melaço, correspondentes a noventa e oito por cento da meta.

O sub-sector do açúcar é dos maiores empregadores nas zonas rurais. Emprega 34034 pessoas e contribui grandemente para a estabilidade social e renda das famílias. Deste número, cerca de 12395 são empregos permanentes, sendo 10578 homens e 1817 mulheres, e 21639 sazonais.

Acrescido ao número de empregos directos das companhias fabris, este sub-sector congrega uma classe de empregos decorrentes do sistema de produção out grower  que compreende  60 associações, perfazendo cerca de 5108 postos de trabalho, sendo 4893 permanentes e 215 sazonais e um universo  de 1316 produtores independentes.

Entre os anos 2019, 2020 e 2021, o valor das exportações de açúcar variou de 91,77 e 89 milhões de dólares, respectivamente.

O valor médio das exportações do sector agrário de 2019 a 2021 perfez um montante de 613351,01 milhões de dólares e a contribuição do sub-sector do açúcar foi de 85807,32 milhões de dólares, o correspondente a 14%.

Para Sérgio Zandamela, Presidente da Associação dos Produtores de Açúcar de Moçambique (APAMO), as mudanças climáticas, a redução da carga fiscal e o combate ao contrabando, são os principais desafios deste sub-sector. Zandamela sugeriu o estabelecimento de um quadro legal para a indústria de açúcar e construção de infra-estruturas resilientes.

Os produtores de açúcar investiram seis mil milhões de meticais no âmbito da responsabilidade social, dinheiro destinado à reabilitação de escolas, hospitais, centros de saúde, pulverização contra a malária, apoio aos funcionários vivendo com HIV-SIDA, abastecimento de água, entre outras iniciativas.

A Carta

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Produtores de açúcar de Moçambique pedem isenção do IVA

A Associação dos Produtores de Açúcar de Moçambique (APAMO) pede a isenção do Imposto sobre Valor Acrescentado (IVA) para tornar o açúcar mais acessível às famílias face ao aumento da procura na sequência da pandemia da Covid-19.

Os produtores de óleos e sabões querem do governo a isenção a aplicação de facilidades aduaneiras e fiscais para que mais pessoas tenham acesso explica Claudia Manjate é da OLAM- Moçambique; “queremos tentar perceber como é que neste contexto de pandemia conseguimos isenção prolongada do IVA durante este período”.

“No contexto da nossa resposta à Covid-19, é provável que fosse útil haver medidas que permitam que o açúcar fique mais acessível às famílias”, afirmou o presidente da APAMO, João Jeque.

“As pessoas quando estão em casa consomem mais alimento. As famílias não têm todos os alimentos básicos disponíveis em casas e substituto de consumo a que recorrem é o açúcar”, explicou João Jeque.

A indústria açucareira está entre as que mais estão a ser afectadas pela crise provocada pelo novo coronavírus. Em alguns pontos do país chegaram a ser registados casos de escassez e subida do preço do produto, principalmente o açúcar castanho.

Com a entrada em vigor do Estado de emergência no dia 1 de Abril até dia 30 deste mês, os produtores de açúcar, óleo e sabão queixam-se de medidas restritivas impostas pelo decreto presidencial.

RFI